Nenhum LGBT a menos! – Dia Mundial do Combate à LGBTfobia

Hoje, 17 de maio, comemora-se o Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia. A data foi escolhida para celebrar essa luta, pois a 17 de maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu parar de considerar a homossexualidade como uma doença mental, criando assim um ambiente favorável para a conquista de direitos LGBT’s em diversos países ao redor do globo.
De nenhum modo, a situação ultrajante que vivem os LGBT no Brasil é novidade. Aqui, a expectativa de vida de uma pessoa trans é de apenas 35 anos, segundo pesquisa realizada pela União LGBT. Também, de acordo com relatório solicitado ao extinto Ministério dos Direitos Humanos pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil a cada 16 horas. Além disso a maioria da população trans brasileira vive marginalizada, sem acesso a direitos básicos, por ser excluída do mercado de trabalho e ter que recorrer a prostituição de seus corpos para sobreviver. Essa realidade reflete o conceito da subcidadania, formulado pelo sociólogo Jessé de Souza, que consiste na restrição de direitos, inclusive constitucionais, das populações periféricas, forçando essas pessoas a ocuparem posições inferiores, se não desumanas, na sociedade.
Nesse dia tão importante, considerando os constantes atentados à democracia por parte do Presidente Jair Bolsonaro e a homofobia declarada de grande parte dos seus apoiadores, urge a necessidade de reiterar a nossa resistência contra a intolerância, o preconceito e a falta de informação que nos visitam e intencionam destruir cada vez mais os direitos dessa população no Brasil.
É se reconhecendo também como agente dessa luta por direitos, que o CAAC reforça aqui que não basta apenas não ser LGBTfóbico, mas é preciso também assumir esse papel de combate dentro da resistência aos constantes ataques conservadores e ao avanço do bolsonarismo LGBTfóbico. A luta dos LGBT’s é a luta de todos nós e enquanto tudo não cessar, nós não cessaremos. Viva a diversidade! Caiam os opressores! Nenhum LGBT a menos!
-Equipe LGBT do CAAC.